MITOLOGIAS MUNDIAIS E CONCEITOS

domingo, 29 de janeiro de 2012

Urano [também chamado Ouranus ou Uranus] / Caelus ou Coelus, na mitologia romana

OURANUS
Urano (em grego antigo, Ουρανός, translit.: Ouranos, ‘céu’, ‘firmamento’, latinizado como Uranus) era uma divindade da mitologia grega que personificava o céu.

Foi gerado espontaneamente por Gaia (a Terra) e veio a casar-se com ela.


Ambos foram ancestrais da maioria dos deuses gregos, mas nenhum culto dirigido diretamente a Urano sobreviveu até a época clássica, e o deus não aparece entre os temas comuns da cerâmica grega antiga.

Não obstante, a Terra [Gaia], o Céu [Urano] e Estige [o Rio Estige] podiam unir-se em uma solene invocação na época homérica.
Urano teve vários filhos (e irmãs), entre os quais os Titãs, os Ciclopes e os Hecatônquiros (seres gigantes de 50 cabeças e 100 braços).
Odiava seus filhos e por isso mantinha todos presos no interior de Gaia, a Terra.

Esta então instigou seus filhos a se revoltarem contra o pai.
Cronos, o mais jovem, assumiu a liderança da luta contra Urano e, usando uma foice oferecida por
GAIA - A MÃE TERRA
Gaia, castrou seu pai e jogou seus testículos ao mar.

Formou-se uma espuma, da qual brotou AFRODITE, a deusa do amor.

Do sangue de Urano que caiu sobre a terra, nasceram os Gigantes, as Erínias e as Melíades.

A maioria dos gregos considerava Urano como um deus primordial (protogenos) e não lhe atribuía filiação.

Cícero afirma, em De Natura Deorum ("Da Natureza dos Deuses"), que ele descendia dos antigos deuses Éter e Hemera, o Ar e o Dia. Segundo os hinos órficos, Urano era
filho da noite, NYX.
Seu equivalente na mitologia romana é Caelus ou Coelus - do qual provém caelum (coelum), a palavra latina para "céu".

Mito de criação
Segundo o mito da criação do Olimpo, relatado por Hesíodo na Teogonia, Urano vinha todas as noites cobrir a Terra (Gaia), mas ele odiava as crianças geradas.

Hesíodo cita  como descendentes de Urano, os Titãs (seis filhos e seis filhas), os Hecatônquiros (gigantes de 50 cabeças e 100 braços) e os Ciclopes (gigantes com um só olho).
OURANUS, KRONOS E GAIA
KRONOS SURPREENDE SEU PAI OURANUS E O CASTRA

Urano aprisionou os filhos mais novos de Gaia no Tártaro, nas entranhas da Terra, causando grande dor a Gaia.

Ela forjou uma foice e pediu aos filhos para castrarem Urano no momento em que ele a viesse possuir.

Apenas Cronus, o mais jovem dos Titãs, concordou.

Ele esperou que o pai viesse sobre Gaia, e o momento em que ele a penetrou, castrou-o e lançou os testículos cortados ao mar.

Do sangue derramado de Urano sobre a Terra nasceram os Gigantes, as três Erínias, as Melíades, e segundo alguns, os Telquines.

A partir dos testículos lançados ao mar nasceu Afrodite.
NASCIMENTO DE AFRODITE

Alguns dizem que a foice ensanguentada foi enterrada na terra e daí nasceu a fabulosa tribo dos Feácios.

Depois de Urano ter sido deposto, Cronus re-aprisionou os Hecatônquiros e os Ciclopes no Tártaro, pois temia sua força e poder.

Urano e Gaia profetizaram que Cronus, por sua vez, estava destinado a ser derrubado por seu próprio filho, e assim o Titã tentou evitar essa fatalidade devorando os seus filhos.
KRONOS [SATURNO NA MITOLOGIA ROMANA]
DEVORANDO UM DE SEUS FILHOS

Zeus, graças a artimanhas de sua mãe Reia, conseguiu evitar este destino.

Estes antigos mitos de origens distantes não constam em cultos na Hellenos (Kerenyi, p. 20).

O papel de Urano é o de um deus derrotado de um tempo anterior ao tempo real.

Depois da sua castração, o céu não veio mais para cobrir a Terra à noite, cigindo-se ao seu lugar, e "a geração original chegou ao fim" (Kerenyi).

Urano foi raramente considerado como antropomórfico, à parte a genitália do mito da castração.

Ele era simplesmente o céu, o qual foi concebido pelos antigos como uma grande cúpula ou teto de bronze, sustentada (ou mantida a girar num eixo) pelo Titã Atlas.

Em expressões arcaicas, nos poemas homéricos, ouranos às vezes é uma alternativa a Olimpo, como a casa dos deuses.

Uma ocorrência óbvia seria o momento, no final da Ilíada I, quando Tétis sobe do mar para pleitear com Zeus: "e logo pela manhã, ela elevou-se para saudar Ouranos e Olimpo e ela encontrou o filho de Cronos…"

"'Olimpo' é utilizado quase sempre como casa, mas ouranos muitas vezes refere-se ao céu natural acima de nós, sem qualquer sugestão de deuses vivendo lá," segundo o mitólogo William Sale.
OLIMPO - A MORADA DOS DEUSES

Sale concluiu que a primeira sede dos deuses era o atual Monte Olimpo, tendo a tradição épica no tempo de Homero mudado a sua residência para o céu, ouranos.

Pelo sexto século, quando a "Afrodite celestial" estava a ser distinguida da "Afrodite comum do povo", ouranos significava apenas a própria esfera celeste.



Nenhum comentário:

Postar um comentário